Sereia e Golfinhos.... realidade da alma

Sereia e Golfinhos.... realidade da alma
Nada mais lindo que sonhar com sereias e golfinhos. Ligação com o mar que fortalece meu nome, Iara e me dá identidade

"A única coisa imutável no Universo é que tudo é mutável" Ditado Chines.

"A única coisa imutável no Universo é que tudo é mutável" Ditado Chines.
Mais um presente da Natureza...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quando recebemos um presente, a primeira idéia que temos é que, podemos retirar o papel que o envolve rapidamente, o que pode nos fazer esquecer que qualquer descuido o presente se romperá.

Porém, se pusermos atenção e cuidado, logo em seguida poderemos vê-lo, senti-lo e experimentar a felicidade de ter recebido algo que foi oferecido para nos dar alegria, ainda que momentânea.

Quando encontramos alguém especial, sentimos que este foi um presente do Universo. A analogia entre este alguém que encontramos e o presente que ganhamos acontece sutil e inconscientemente dentro de nós.

Esperamos poder abrir os papeis do distanciamento e da separação, vermos sem máscaras e sem artifícios aquela pessoa querida que surgiu em nosso mundo, experimentarmos a felicidade de um encontro que poderá sem inesquecível, ainda que pareça fugaz e nos conscientizarmos que a vida propicia encontros incríveis de formas inesperadas.

Um encontro é como música que a alma sente e o coração canta quando percebe que o som tocado pelo Universo tem harmonia, ritmo e melodia certa.

E como em uma música, o encontro tem também compasso, tempo de espera, timbre, o que poderá gerar intensidade. Características que combinadas, criarão novos aspectos, tais como, estrutura que fortalece o encontro, textura que é proporcionada pelo sentir, estilo para demonstrar o que se sente. E a cada nota desta melodia que passará a ser construída a dois, surgirão combinações de sons e silêncios que serão desenvolvidos ao longo do tempo.


Quando damos o tempo certo, milagres se sucedem dentro do Milagre maior que é a própria vida. Em cada gesto, em cada palavra, em cada encontro uma dança sublime e sagrada poderá acontecer.

Dizem que amar é uma arte. E como a música, amor é arte do efêmero. E como tal, não pode ser
completamente conhecido ou enquadrado em um conceito simples. E como em Música engloba vários elementos combinados que poderão ser percebidos por aqueles que o experimentam.

Porém, na ânsia de abrir o presente, é preciso o cuidado para não rasgá-lo junto com o papel que o envolve. É preciso atenção ao manuseá-lo para poder sentir a fragilidade escondida. É necessário encontrar a melhor forma ou posição para se estar ao retirá-lo de seu invólucro, para que ele não se rompa e termine por gerar frustração e sensação de perda.

É importante aguçar a sensibilidade e a percepção, ter atenção com os estímulos e os sentidos para não se quebrar aquilo que se recebe.

Num encontro entre duas pessoas, pode acontecer que um não alcance a totalidade dos propósitos, razões e objetivos do outro. Por isso pode-se reinterpretar o dito, o mostrado, de acordo com seus próprios critérios, que envolvem aquilo que se conhece, experiência pessoal e estado emocional do momento.

Da diversidade de interpretações e também das diferentes formas de ver o mundo poderá surgir uma música ainda mais harmoniosa ou, ao contrário, ruídos tão intensos que, nada mais será ouvido e percebido.

Para que o presente recebido se torna uma verdadeira dádiva, é preciso cultivar a comunicação aberta e amorosa, a tolerância, a paciência para esperar, e compreender que ainda que a caminhada seja longa, é preciso dar o primeiro passo.

Construir uma amizade fundamentada em respeito, afeto, partilha de idéias, que ainda que possam parecer poucas, sejam verdadeiras, abertas e sinceras.

Em cada comunicação que se troca, usar-se o sentir, abrir-se o coração, ser-se receptivo um ao outro. Ser manifestamente humanos, num mundo onde as pessoas escondem-se em máscaras.

Ser-se amoroso por excelência, o que possibilita compartilhar emoções e sentimentos.

Mas recordemos que por trás de cada encontro surge uma responsabilidade, pois ele envolverá valores afetivos ou emocionais. E, além disso, poderá despertar, como muitas vezes desperta, o imaginário e a magia.

Para que o encontro possa tornar-se real, além de mágico, penso que é preciso agir como na arte, isto é, com criatividade e comunicação.

Não deixar que qualquer palavra mal interpretada, qualquer sentimento não compreendido se interponha entre os dois e bloqueie os próximos passos da caminhada de mútuo conhecimento.

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